segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Sessão Filmes: Meu amigo, o dragão.

   Semelhante ao que aconteceu com Malévola e tantos outros clássicos que estão sendo refilmados para um padrão mais atual e com qualidades gráficas excelentes, Meu Amigo, o Dragão não é diferente. Existe uma obra datada de 1977 com o mesmo título e retrata a história de Pete, uma criança que se cansou dos abusos sofridos em casa e decidiu fugir com seu melhor amigo, o Dragão Elliot.

   Na filmagem de 2016, disponível para aluguel no Microsoft Filmes, Google Play e outros sistemas de venda de filmes online, Pete sofre um acidente de carro com seus pais, os quais não sobrevivem. Assustado e isolado numa estrada próximo de uma floresta, Pete acaba conhecendo um dragão verde, o qual decide chamá-lo de Elliot.

   O dragão se assemelha bastante com o monstro de Uma história sem fim.
   Passaram-se seis anos da vida de Pete e Elliot juntos na floresta sem contato humano até que ele conhece uma guarda florestal, Grace, e subtrai dos objetos dela uma bússola. A curiosidade de Pete foi tamanha que acabou conhecendo outras pessoas e levado para a cidade.

   Elliot, acostumado com a presença de Pete, vai à sua procura e acaba se deparando com empreiteiros que extraíam árvores da floresta, os quais decidem caçá-lo. A história é emocionante e tudo indica que não possui muito do enredo original de 1977. Os efeitos visuais são majestosos, dignos dos filmes atuais da Disney, o que qualquer criança e adulto com coração de criança gosta de ver.

   Enfim, funcionários da empreiteira conseguem capturar Elliot e numa ação desesperada, Pete e seus amigos farão de tudo para libertar o dragão das mãos humanas, fazendo com que ele retornasse à floresta.

Dragão do filme Uma História sem Fim
   Fica um ponto de reflexão, liberado o dragão, como se tornaria a vida de Pete e Elliot? Eles não poderiam mais se esconder na mesma floresta e Pete já estava se enturmando com Grace e sua família. Que destino eles tomariam juntos? Vale à pena assistir ao filme, principalmente na companhia de uma criança!

Sessão Filmes: Tempo de Despertar

   Tempo de Despertar é uma produção de 1990 que trás no elenco Robert De Niro, interpretando o personagem Leonardo e Robin Willians, como o neurologista Malcolm Sayer. Baseado em fatos reais, o filme retrata uma passagem da vida de Oliver Sacks, numa ala de um hospital psiquiátrico no Bronx.

  
   Malcolm Sayer (Williams), após aceitar o trabalho num hospital psiquiátrico, observa uma capacidade de reação em uma paciente em estado catatônico, aparentemente sem expressão alguma e com o corpo enrijecido, a paciente apresenta alguns reflexos que faz com que Malcom se aprofunde mais no diagnóstico e possível solução para o problema.

   O ano é 1969 e presume-se que nesse período a medicina ainda se valia da observação e de análises mediante algumas informações empíricas. Malcolm consegue identificar outros pacientes na mesma condição e prognóstico, muitos tiveram um quadro grave de encefalite e definharam seu estado neural até o ponto vegetativo.

   A partir de uma apresentação de uma droga sintética (L-DOPA) indicada para pacientes com Mal de Parkinson, Malcolm consegue apoio do hospital para iniciar a administração desse medicamento em um único paciente. O escolhido foi Leonard (De Niro), sua interpretação como um paciente catatônico e em seguida, recuperando seu estado de consciência normal é magnífico.


   Com esse resultado animador, Malcolm consegue ajuda dos provedores do hospital psiquiátrico para efetuar a dosagem do mesmo medicamento nos demais pacientes com similaridade no diagnóstico e o resultado é que todos "despertam" de seu estado catatônico, sendo que alguns estavam há mais de vinte assim, perderam esposos, se divorciaram, perderam parentes, seus cabelos embranqueceram, etc.

   O filme é emocionante e por ser baseado em fatos reais se torna um drama. Por ser um filme de 26 anos atrás não tira o brilho dele. Muitas vezes fica o questionamento se a medicina e a neurologia não avançou tecnologicamente para resolver problemas desse tipo e outros. A resposta já sabemos, o cérebro humano ainda é algo indecifrável pela ciência e nem todas as respostas e medicamentos estão disponíveis para resolver todas essas doenças que vemos.